Next.

Esquecer, envolver-me na frescura de um novo ar respirado, ampliar o meu sorriso, borratá-lo de batôm vermelho se for preciso, mas não reduzir-me a um impecilho.
O mundo é meu, enquanto aqui estiver, vou prová-lo, saboreá-lo. Irei sempre encontrar sabores amargos como limão e alguns tão doces, até me darem dolorosas dores de barriga. E daí? Já provei, não gostei, podes crer, nunca mais lhe tocarei.

O meu segredo.

Tudo tão vago, nem o tempo acompanha tamanha inconstância. Sufoca-me. A indiferença que torna tudo tão diferente. Cada palavra, frases formadas com intenção de magoar e serem magoadas. Não entendo como o faz, mas essas tais palavras trespassam-me o corpo, como balas, não tenho tempo de reagir, por vezes, grito calada. Ninguém me ouve, por mais alto que grite, porque à certas coisas que não devem ser reveladas doutra maneira, a não ser em segredo. O segredo mais profundo e misterioso. É no segredo, que eu guardo bem dentro de mim, que está a palavra chave, para tudo isto que me sufoca.