Coração voador

O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.

Arco-íris

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Fermento que me fez crescer


Enrolada nas pequenas películas da tua presença. Lembro-me tão bem: dias molhados e encantados por nós. Despertávamos o que melhor podia existir numa simples rotina. Vibrávamos com a presença um do outro e adorávamos o toque incondicional e sufocante de cada palavra dirigida mutuamente.
Éramos crianças (e se éramos). Crianças inocentes e cegas de estupidez. Acreditávamos nos nossos momentos como sendo verdadeiros, ou, melhor dizendo, eu acreditava. Acreditava em ti como quem acredita numa criança que apenas diz somente a verdade. Trazia-te em todas as horas, em todas as minhas rotinas, fossem elas muitas ou poucas. Mesmo ausente, estavas presente.
Tu fazias-me desejar o proibido e sufocar de tanta adrenalina. Eras o vento que me tranquilizava. Eras o meu café da manhã: aquele que me agitava e controlava, sem eu dar conta. Eras tu. Eu sei que eras.
Sabes o que mudou? É que agora já não sei. Já não sei quem és tu e quem sou eu. Já não sei onde nos encontramos e onde posso eu procurar-te. Mas se queres saber, acho que já nem eu tenho vontade. Já nem tenho vontade de te procurar e encher-me de esperanças falsas. Eu já não sou eu: aquela criança que tu conseguiste fazer feliz.

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