Coração voador

O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.

Arco-íris

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Queres-me, ou, nem por isso?


O que somos agora? Já viste? Já reparaste bem? Acho que não. Mas vê. Repara bem. Não somos nós, não podemos ser nós. Nem nos falamos. Nem me falas. Eu assim nem consigo pensar. Nem consigo reagir e só agora é que parei e reparei. Só agora é que reparei como nos encontramos e como estamos. É tão triste. Era este o meu medo. Um medo que se concretizou. Eu sabia. Eu sabia que mais tarde ou mais cedo tudo seria como era previsto. É tão triste. É tão triste nós, sim, nós mesmo, estarmos assim: nem uma mínima palavra dirigimos; nem sei como andas, por onde andas, com quem andas; nem sei como são os teus dias, quentes ou frios, como são as tuas manhãs, paradas ou agitadas. E as tuas noites? Não imagino sequer como elas serão. Mas tu sabes que eu já tentei que tudo isto fosse diferente. Dirigi palavras. Deitei o orgulho fora. Embrulhei o medo num papel e guardei-o sem que intreferisse nos meus actos, mas nem assim. Tu estás diferente e essa tua diferença deixou-nos no silêncio, no esquecimento. Já me esqueceste? Foi assim tão rápido? Então parabéns! Parabéns mesmo. Até mereces um prémio. É que eu passo os meus ricos segundos a pensar em ti; no que estarás a fazer; no que estarás a pensar; como estarás. Mesmo ausente, tu continuas aqui, a toda a hora. Dá-me o antibiótico que tomaste para me tirares assim tão facilmente de ti. Eu também o quero. Também necessito dele para ter cor nos meus dias, para ter magia nas minhas noites. Preciso de te tirar de mim para conseguir seguir em frente. Para conseguir sorrir de novo. Mas será possível? Sem ti? Mesmo se te esquecer, eu serei a mesma? Talvez não, ou talvez sim. A verdade, é que parte de mim, eu deixei contigo e, a verdade, é que tudo o que te dei de mim, nunca mais voltará.



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