Há coisas que em mim já não encaixam. Há suores que em mim já não penetram. Estou fria e vazia. Sou um gelo que permanece intacto e não descongela, não reage a um calor, a um simples electrão. Os meus neurónios já não fazem comunicação, a corrente eléctrica, em mim, já não se gera. A minha fenda sináptica não existe, pois eu deixei de ter intervalos, espaços de interrupção. Toda eu não sou eu, não sou nada, não tenho nada. Estou vazia. Estou fria. Esta não sou eu. Restas-me tu. Tu que me aconchegas em silêncio e me abraças sem eu saber. Tu, tão –somente tu que me apareceste no meio do nada e mudaste tudo no meio do tudo. Tu que moveste montanhas com um olhar e me enrolaste toda em mim. Tu por quem o meu coração congela e não bate. Tão-somente tu que me confundes e desapareces. Tão tu que não sabes que me consomes, que nem sabes da minha infeliz existência. Mas tu, tu sim és o ponto final. És o começo por onde eu parti e serás a meta onde eu me encontrarei. Sim, tu, tu que és tão tu e não eu; tu que és tão tu e não eu.
Coração voador
O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.
Arco-íris
♥
domingo, 26 de setembro de 2010
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