Era uma miragem, um vulto que tentava passar despercebido, era ele. Não se conheceram no início, mas conheceram-se a meio, no fim. Ela um dia contara-me:
"Quando o vi pela primeira vez, eu tive a certeza, não me perguntes como, mas eu tive". Mas como é possível? Eles nem se conheciam, nem se falavam. Na verdade, eu acho que ela sempre sentiu tudo e ele foi descobrindo, com o tempo, tudo isso, tudo o que a rodeava, todo aquele encanto que ela tinha por ele. Mas eu sei, eu sei que a história deles foi diferente. Eles cresceram tanto um com o outro. Passaram as melhores tardes de inverno. Viveram os mais perfeitos momentos de magia. Eles demonstraram em cada segundo, o que tantos não demonstram durante uma vida inteira.
E, se me lembro, a primeira vez que ele se dirigiu a ela, apenas lhe referiu
"Sabes como me podes ajudar? Ficando aqui comigo.". Eu só sei que ela não teve reacção, mas que sorriu e com ele permaneceu, com ele deu o pé de chamada para a história. E depois? Sabem? Eu imagino, ou tento imaginar. Desde aquele dia, eles tornaram-se confidentes, amigos, inimigos, companheiros de aventura, colegas, companheiros de momento. Eles foram tudo. Eles disseram tudo. E, no momento certo, ele só soube dizer
"Eu sei que és tu".
Eles ficaram (e ficarão) juntos, eu tenho a certeza!
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