Coração voador

O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.

Arco-íris

terça-feira, 12 de abril de 2011

Só queria que não tivesses ido

Hoje tive saudades tuas. Tive saudades dos tempos em que estavas do meu lado, mesmo que só fosse duas vezes num ano: isso bastava-me. Mas, sabia que estavas presente, sempre. Sabia que um adeus, faria surgir um olá, um termo olá. E agora? Agora isso já não pode acontecer. Mas, a verdade, é que não me deixaste à espera de um olá, porque nem me disseste adeus: deste-me a mão, com força e ali ficámos - eu na esperança de te voltar a ver, tu com a certeza de que aquela seria a última vez. E sempre soubeste tão acertadamente tudo. Soubeste sempre quando errávamos, quando não diziamos o certo. E, sempre estiveste lá: sempre berraste e amuaste. E, nós? Nós tentávamos parecer que não valia a pena ouvir-te. Mas que estúpidos que éramos! Ignorar a inteligência? Que burrice! Sempre soubeste. Sempre soubeste demais. E, sim, é por isso: é por isso que tenho saudades tuas, é por isso que não conseguido deixar de ter saudades passado um ano - tu sabias sempre tudo e agora eu sei nada. Assim, de certo modo, por vezes, tento pôr-me no teu lugar. Tento ver o mundo com outros olhos. Com os teus olhos firmes e certos. Mas, não consigo. Não consigo aceitar este mundo em que parece que nada bate certo, em que as peças do puzzle não encaixam, em que, eu, muitas vezes, não percebo o porquê do quê. Mas, porquê? Isto deixa-me frustada, angustiada e sem explicação. Mas, tu sabias. Ou, pelo menos, conseguias ver tudo com rigidez e isso permitia-te voar no fogo e vencer os montes grandes e calaminosos. Conseguias ter esse coração de manteiga, sempre no lugar certo. Ajuda-me! Ajuda-me a ser firme, a não cair, a não deixar derreter este coração, a ser forte, a não ir abaixo. Ampara estas lágrimas. Leva esta dor. Dá-me explicações. Volta para mim, vôvô.

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