Instantes

Oh, confesso que às vezes tenho medo: tenho uma dor de barriga que me pára o coração e me deixa imune durante algum tempo. Mas não deveria ser assim, pois não, meu amor? Mas não profiro dizê-lo. Não. Não. Não. Mas, sinto-o. Talvez o sinta desta forma por seres tão doce, por seres um verdadeiro caramelo, um verdadeiro e real príncipe. Mas, e o medo? Acaba com ele. Por favor, vá lá. Às vezes não sei mesmo lidar com ele, porque com ele vêm pensamentos e lembranças más. E, depois, vens tu! Vens tu com a tua presença e as tuas palavras e eu esqueço-o. Esqueço esse medo que gosta de me fazer uma visita de médico. Mas gosta tanto de me visitar. E penso em ti. Tu que me dás tanto e que me fazes querer-te assim... para sempre! Mas não posso querê-lo, pois não? Querer o para sempre é ditar um fim. Querer demasiado é cair do precipício. Querer-te assim não pode ser e desejar-te assim é demasiado forte para conseguir dizer chega. E voltas a fazer-me voar: voar entre os teus pensamentos e o meu coração. Oh príncipe, leva-o. Leva-o daqui!