Coração voador

O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.

Arco-íris

quinta-feira, 29 de julho de 2010


Explica-me tudo isto. Como é que fazes? Como é que é todo esse controlo? Tu controlas-me a mim e aos meus pensamentos e, no meio disto tudo, é tão frustrante saber que não é mútuo; que eu não consigo entrar em ti; que estás sempre tão comigo.Já te pedi vezes sem conta: pára. Mas também tu vais e vens como as ondas do mar: nunca sei com o que posso contar, vindo de ti. Nunca sei o que posso sentir, quando é contigo. Mas digo-te, a vida é minha e não é tua, por isso, larga-a. Pede com licença a próxima vez que tentares entrar.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Abismo

As pessoas quanto mais velhas ficam, mais diferentes se notam. Ou ficam iguais? Nem eu sei. Mas quem sou eu para poder saber dessas coisas? Sinto-me tão desprotegida. Tão frágil. Tão leve. Tão tudo ao ponto de acabar num nada.

O mais frustrante é que não existe ninguém do outro lado da linha. Ninguém que consiga compreender ou sentir para me fazer melhor. Porque todos são diferentes uns dos outros e não conseguem pôr-se no lugar de outro. Estou tão parva. Tão inútil. Quero tanto sair daqui e esquecer tudo e todos. Quero tanto sair daqui em rumo aí. Tenho tantas saudades de me sentir bem, mas bem mesmo. Onde pára essa dita cuja felicidade? Onde fica a paragem dos sonhos-realizados? Onde fica a paragem do contentamento e da justiça? Quero paz. Preciso de tranquilidade. Preciso de tudo o que não seja isto: que não sejam estas pessoas, nem esta maneira de viver. Preciso de sair daqui, agora, já. Leva-me. Enrola-me no vento e conduz-me para onde eu quero ir. Mas onde é? Onde fica esse sítio de que tanto eu preciso? Mais para norte, mais para sul? Mas será o sítio ou as pessoas que eu quero que sejam diferentes? O que quero eu? Sei que não quero isto, nem por mais um segundo. Vou cair, de vez.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Quero (sempre) o teu abraço

Parecia mesmo um filme: que nada acaba, tudo continua.
A vida... a vida é feita de tantas escolhas, de tantas etapas. "Hoje", realmente, "hoje", aconteceu uma das grandes etapas da minha vida. Como é que é possível? Como é que é possível ele ser como é? Ali, naquele sítio, poderia ter acontecido tanta coisa e, aconteceu um nada num tudo. Aconteceu uma cena cinematográfica, digna de filme. "Aquele que espera": assim o chamaria. Sem precipitações, sem avanços, nem recuos, mas com o meio termo. Até agora, as minhas expectativas de existir alguém assim eram nulas. Alguém que respeitasse e aceitasse. Alguém capaz de ser si próprio e, eu creio que ele o foi. Foi por tudo isso que contemplei tão cuidadosamente a sua face, que decorei cada detalhe, que o abracei vezes sem fim, tudo isto para ter a certeza que ele é real. Será o meu amigo azul? Será ele o que é capaz de trazer a felicidade sem pedir nada em troca?
Tenho medo de adormecer. Tenho medo de perceber que amanhã será diferente e que um não se transforme no não-real.


"Eu vi uma estrela cadente"

Como é que é possível?


Como é que é possível que tu cada vez mais, metas pessoas tão perfeitas na minha vida? Como é que é possível tu me dares tanto, quando eu não mereço? Como é que é possível eu não conseguir corresponder a essas pessoas? Odeio-me tanto por isso. Odeio-me tanto por não conseguir satisfazer os desejos daqueles que desejam. Odeio-me tanto por não conseguir sentir o mesmo e provocar dor. Eu não sou justa. Não posso ser de tal modo. Provoca-me tanta dor ser assim. Provoca-me tanto arrependimento de ser assim, tal como sou. Ajuda-me. Ajuda-me a não provocar mais sofrimento naqueles que merecem tanto, tanto de si, tanto de mim. E, diz-me ainda, como é que é possível eu gostar tanto, mas tanto, das pessoas erradas? COMO? Às vezes só me apetece cair na tentação.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pequeno (grande)


Nunca mais? Isso é o que passa na minha cabeça e, não, não é o que passa no meu coração. Ele tem uma necessidade tão grande, mas tão grande de amar. Ele tem uma necessidade tão grande de estar constantemente metido em sarilhos. Mas porquê? Porque é que é tão meu? Quero outro. Quero um que não ame, nem tenha a necessidade de amar. Quero um que não confie, que não se entregue. Sabes porquê? Porque enchi. Porque já transbordei.

Nunca mais


Será possível aqueles que mais amamos, serem também aqueles que mais nos fazem sofrer?



Abrigo

Onde é que tu andas? Porque é que não apareces? Eu preciso tanto de ti. Preciso tanto dessa tua força, que dizem que tu tens. Onde estão esses braços gigantes para me ampararem? Onde estás tu, meu abrigo? Ando a precisar tanto de ti. Ando a precisar ter-te do meu lado, dia após dia. Logo agora que tudo não faz sentido para mim, logo agora que as pessoas voltaram a ser iguais. Vem, peço-te. Vem para ao pé de mim, porque, sim, eu preciso imenso de ti e encontro-me à tua espera.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Se gostava

ÀS VEZES, MAS SÓ ÀS VEZES, GOSTAVA QUE A MINHA VIDA FOSSE UMA PEÇA DE TEATRO

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Quando agente gosta é claro que agente cuida"

Claro que o carinho é necessário. Claro que todos nós ansiamos por ter alguém do nosso lado: alguém que nos acaricie, que diga que nos ama, que nos guarde nos piores dias e que se expresse nos melhores; alguém que nos acompanhe a toda a hora, mesmo que distante; alguém que, no fundo, é igual a nós - porque eu acredito que para nos entregarmos a alguém, inteiramente, nós temos de ser igual a tal alma, a tal coração, porque é compatível, porque anseia o mesmo, porque quer amar, tal como nós.
Mas é por isso mesmo, pelo facto de o amor para mim ser diferente do amor que passa na boca de cada um, é por tudo isso, que eu não acredito que ele exista. Quer dizer, acreditei. O tempo, os pontapés, as dores de cabeça, as lágrimas, fizeram-me acreditar que os meus sonhos com o príncipe encantado não passavam disso mesmo, de sonhos. A realidade é dura, é crua, é honesta: não é feita de fantasias, nem de ilusões - é concreta.
O amor, aquele amor, é mais que tudo. É impossível existir aqui. É impossível ser sentido por pessoas. Elas são tão egoístas ao ponto de darem tudo de si a alguém, de amarem alguém como se amam a elas próprias. O amor, o tal amor, é irreal. É meu, porque sou eu que o idealizei, à minha maneira.
Sempre sonhei com o tal, com aquele, com o compreensível, com aquele que me faria cometer a maior loucura, ou as maiores loucuras, por amor. Sempre sonhei que um dia seria possível amar tanto alguém, que todo o meu amor se tornaria numa dor física, numa dor exterior. Mas não. Não existe o homem capaz de me fazer despertar o que há muito adormeceu. Não existe homem algum capaz de me fazer acreditar no mundo cor-de-rosa e feito de sorrisos-naturais e de amores-perfeitos. Não existe homem capaz de amar, de amar de verdade. É triste, eu sei. É triste não acreditar no sentimento mais bonito do mundo, eu sei. Mas é assim. Nunca ninguém disse que os sonhos mereciam um lugar na terra.







O amor será...

Cresce bailarina

Quanto tempo é que eu esperei por tudo isto? Quantas foram as horas, os dias, em que deambulei entre sonhos, entre imagens perfeitas, à espera de uma realidade? Foi um sonho. É um sonho. E sim, é também agora que tudo se está a transformar e a tornar-se na minha vida. A ocupar espaço. A acomodar-se. É agora, no presente, que o pé de chamada está a ser lançado.
Parece tão imperfeito aos meus olhos. Não o antónimo da perfeição, isso não. Mas no verdadeiro sentido, no mais puro verbo, naquilo que não parece real diante de mim. É impossível, meu Deus. Ou, como é que é possível? Mas sim, é agora.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Fermento que me fez crescer


Enrolada nas pequenas películas da tua presença. Lembro-me tão bem: dias molhados e encantados por nós. Despertávamos o que melhor podia existir numa simples rotina. Vibrávamos com a presença um do outro e adorávamos o toque incondicional e sufocante de cada palavra dirigida mutuamente.
Éramos crianças (e se éramos). Crianças inocentes e cegas de estupidez. Acreditávamos nos nossos momentos como sendo verdadeiros, ou, melhor dizendo, eu acreditava. Acreditava em ti como quem acredita numa criança que apenas diz somente a verdade. Trazia-te em todas as horas, em todas as minhas rotinas, fossem elas muitas ou poucas. Mesmo ausente, estavas presente.
Tu fazias-me desejar o proibido e sufocar de tanta adrenalina. Eras o vento que me tranquilizava. Eras o meu café da manhã: aquele que me agitava e controlava, sem eu dar conta. Eras tu. Eu sei que eras.
Sabes o que mudou? É que agora já não sei. Já não sei quem és tu e quem sou eu. Já não sei onde nos encontramos e onde posso eu procurar-te. Mas se queres saber, acho que já nem eu tenho vontade. Já nem tenho vontade de te procurar e encher-me de esperanças falsas. Eu já não sou eu: aquela criança que tu conseguiste fazer feliz.

Espero por não ter















Na perdição do tempo, no espaço dos segundos, encontro-me aqui, sentada e resguardada, à espera que dês sinal, que alegues à minha alma, que não me deixes morrer.

Perder-me

"Ou me perco aqui ou fujo daqui. Por uns tempos, preciso de recuar, preciso de ir ver outros caminhos. Preciso de um campo aberto para as lágrimas, preciso da distância de um lugar secreto, de uma memória, se calhar da distância de uma oração. Preciso de me ir embora daqui."

Companheiros

M.. Com tecnologia do Blogger.