Coração voador

O meu coração está carregado de melodias: melodias dançantes e verdadeiramente reais.

Arco-íris

sábado, 15 de janeiro de 2011

E não é suposto serem um só?

Papá, Mamã: e não é suposto serem um só? Não é suposto olharem por nós e fazerem-nos sentir esse tão grande amor, que um dia juraram ser eterno? Será que já se esqueceram? Porquê tanta gritaria e tanta ferida? Vocês têm de parar com isso tudo. Estão a esquecer-se do principal, o que sempre conseguiram ultrapassar, apesar de tudo: o respeito. Onde está esse respeito, que conseguiram construir ao longo de todos esses anos? Um dia, não juraram amarem-se e respeitarem-se? E onde está agora essa promessa? Não se deve fazer promessas, quando sabemos que nunca as conseguimos cumprir. Não se deve, é feio. E vocês o que estão a fazer? Estão a magoar-nos, estão a magoar-se, mutamente. Assim, onde fica o espaço para o amor? Para o amor que precisa de vocês e grita para chamar à atenção? Sabem, posso ser pequenina, mas sei que quando não fazemos um esforço, o amor também não consegue falar mais alto. Amar só, não chega. É preciso muito mais. É preciso respeito, é preciso compreensão. Leva-vos a algum lado geragem conflitos sem cabimento? Leva-vos a algum lado meterem o meu coração em chamas? Assim também me tiram a minha esperança. Por favor, peço-vos: não façam isso. Estão a magoar-se. É perigoso. Não é bonito, não. O caminho é para o outro lado. Estão a ir no sentido errado. Papá, não sejas tão "voz firme", deixa o teu coração ser doce, como eu sei que ele é. Não sejas durão, quando, no fundo, só queres a Mamã. Não insultes. Não magoes. Isso é tão feio. E, além de magoá-la, tu também te magoas e, depois, nem consegues dar a volta por cima e ainda fazes pior. O teu passado ninguém o tira, as tuas acções não se mudam, mas o teu futuro, esse tu podes escolher. No futuro, tu podes deixar-te invadir pelas pepitas de chocolate, que o teu coração tanto gosta. Podes deixar-te invadir pela cheiro a café, que tanto gostas. Podes deixar invadir-te pelo amor e sorrires, tu podes sorrir, basta quereres (nunca te esqueças). E, Mamã, porquê dizer (também) palavras feias? Não faças isso. Eu sei que é difícil ser forte como tu és. Sei que igual a ti, não há mais ninguém. Sei que essa garra é capaz de levantar o mundo inteiro com um só dedo, sei que és a melhor, sei que já saltas-te tantas barreiras, sei que já ganhaste tantas vezes o troféu. Nunca te esqueças, que o melhor prémio de tudo isto, somos nós (tal como tu o dizes). E, sabes bem que quando mais nada restar, nós vamos estar aqui, como sempre. Prontos para te encher o coração de mel, e curar-te as feridas com pastéis de nata. Nunca te esqueças: nós vimos de ti, somos teus, por inteiro, para sempre. E agarra-te a isso. Aliás, como sempre tu fizeste, não é? Eu admiro-te. Admiro-te para além do infinito e estou carregada do teu amor. Mas, por favor, por seres a super-mulher que és e por ultrapassares, a cada dia que passa, fronteiras que ninguém, conseguiria ultrapassar, passa também esta, mais uma vez. Não desistas da verdade e da justiça. Acaba com esta onda. Não desistas! Eu sei que vocês conseguem, mas tenho medo. Tenho medo dessa vossa rotina e dessa falta de amor. O que é que há mais bonito do que o amor? Acho que nada. E não deixem esse amor morrer. Esse amor que juraram ser eterno. Não deixem ele escapar pelos espaços da agulha. Lutem por ele. Lutem por vocês. Por favor, parem de sofrer. Por favor, tragam de novo a magia. 

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